No Museu de Louisiana, uma grande exposição mostra a convergência entre a antropologia, arquitetura e ciências sociais, explorando o significado do "sentir-se em casa”.
Afinal o que é uma "casa"? E o que significa "sentir-se em casa”? É uma sensação que só sentimos quando estamos no nosso espaço privado? Podemos nos sentir em casa mesmo quando estivermos em uma comunidade ou qualquer outro local, mesmo sendo temporário?
Estas e outras indagações formam o tema da exposição intitulada Living, e comissionada por Kjeld Kjeldsen Mette Marie com Kallehauge.
Living ocupa o museu inteiro e abrange um grande ciclo com três exposições, desenroladas ao longo dos últimos cinco anos e unidas sob o título de Fronteiras da arquitetura. A amostra se dedicada à arquitetura experimental, inovadora e à instalações artísticas.
A primrira seção tem como enfoque o sonho, concebida como uma expressão de necessidade básica humana.
Os arquitetos,ali, tendem a começar o seu pensamento com a forma primária ou arquetípica de crescer e entrelaçam conceitos mais complexos de vida e habitação.
A formulação de variantes na unidade de habitação é uma espécie de laboratório para novas formas de conceber e construir o mundo.
A amostra explora a maneira pela qual nós criamos uma sensação de estar em casa, que significa muito mais do que a estrutura física em que vivemos.
Se "estar em casa" não é um lugar, mas um empate e um estado de ser, quando e como estamos "em casa"?
Como a casa reflete a nossa identidade?
Como podemos criar a sensação de "home" por meio não só de práticas diárias, mas também de tradições e determinados tipos de arquitetura?
Como vamos levar a nossa "própria pátria" conosco quando nos movemos ou migramos?
Enfrentar essas questões hoje tão vivas, significa falar de globalização.
Em uma sociedade caracterizada pela diversidade cultural, a demanda por variedade na arquitetura cresce exponencialmente.
Em uma sociedade caracterizada pela diversidade cultural, a demanda por variedade na arquitetura cresce exponencialmente.
Ao meu ver, para arquitetos, isso significa colocar em jogo formas de trabalho que exigem não só a força do design, mas também o conhecimento de diferentes tradições.
Não há um estilo para todos!!! Não há uma linguagem universal!
E isso se evidencia na exposição, que se refere a estilos de vida individuais, tocando no tema da arquitetura de fusão, que pode contribuir para tornar os diferentes segmentos da população a sentirem-se em casa em suas sociedades.
Mais ou menos como uma arquitetura espontânea, a idéia de que cada um de nós tende a construir limites dentro dos quais podemos tomar refúgio e proteger a nós mesmos.
Ótimo tema a se explorar, um tanto quanto inspirador!