“Não acho que tudo deva
ser igual. Essa obsessão pela uniformidade tem a ver com o período de produção
industrial de massa e hoje nós não temos que olhar para as coisas desse jeito”. Zaha Hadid
Não poderia deixar de
mencionar minha opinião e admiração por uma mulher tão genial. As obras de Zaha
Hadid ao meu ver são fascinantes. Verdadeiras obras de arte para tempos
modernos, uma inusitada e divertida desconstrução de formas.
Desconstrutivismo esse, que se estende para além da materialidade dos
projetos: Hadid desconstrói a arquitetura para reconstruí-la com uma linguagem
não linear, que segundo ela, reflete as complexidades e dinamismos da vida
contemporânea.
Zaha procura interrelacionar
design, arquitetura e urbanismo, além de se preocupar com a interface entre
paisagem, arquitetura e geologia, integrando a topografia natural e levando a
experimentações com tecnologia de ponta .
Há quem a veja como “arquiteta-estrela”, mas o fato é que
seus projetos não passam desapercebido e, em 2004, recebeu o prêmio Pritzker, o
Nobel da Arquitetura, pela primeira vez atribuído a uma mulher.
"Zaha não se sente
incomodada em introduzir complexidade aos projetos. Suas construções são puro
movimento, energia, desejo erótico. Ela não teme correr riscos". Crítico americano Herbert Muschamp
Mas Zaha Hadid não pára por aí,
além de edifícios sinuosos e futuristas, cria objetos únicos para o dia a dia,
de mesas a sapatos, possui um dinamismo invejável. Criativa e interdisciplinar fez
criações como a bolsa 'Eolia', para a Louis Vuitton, e ousados sapatos para a
brasileira Melissa.
“A moda me interessa porque dá
uma ideia do que está por vir, é muito mais rápida que a arquitetura”.
Zaha Hadid tem 61 anos, não se
casou, não teve filhos , decidiu dedicar sua vida ao trabalho e
não pretende parar tão cedo, prática e bastante crítica, opina sobre as mulheres de hoje em dia assim:
“Existe um problema prático com as
mulheres, especialmente agora que são livres, elas cuidam da casa, dos filhos e
do trabalho. Com arquitetura, eu acredito que é importante haver continuidade.
Não é só das 9 às 17 horas, você não pode simplesmente ligar e desligar.”
Digamos que para arquitetura e para a escala de obras de
Zaha Hadid uma jornada de trabalho normal, realmente não seja capaz de surtir um
grande efeito.
Sua perseverança e seu trabalho, sem dúvida, servem de
orgulho e admiração para todas as mulheres, artistas e arquitetas.